Na metodologia dessa técnica, a mistura é depositada sobre alguma fase
estacionária e os seus componentes são adsorvidos na superfície dessa fase em
graus variados dependendo da natureza do componente, da natureza do adsorvente
e da temperatura. Um solvente é então passado através da fase estacionária,
movimentando-se por gravidade, por efeito capilar (capacidade dos líquidos
molharem em profundidade a superfície de objetos e de drenarem muito
rapidamente para fendas finas1) ou por pressão aplicada
Quando o solvente passa sobre a amostra depositada, os vários
componentes tendem, em graus variados, a serem dissolvidos e arrastados
juntamente com o solvente. A velocidade com a qual um componente irá mover-se
depende de sua tendência relativa de ser dissolvido no solvente e de ser
adsorvido na fase estacionária. O efeito resultante é que, quando o solvente
passa lentamente através da fase estacionária, os componentes da mistura
movem-se como zonas a velocidades diferentes uns dos outros, ocorrendo assim à
separação. (CONSTANTINO, M.G; SILVA, G.V.J; DONATE, P.M. Pág. 201.)
A interação de compostos polares pela fase móvel ocorre em virtude da
glicose ser constituída por 2.000 unidades de glicose anidra ligadas por átomos
de oxigênio, formando pontes de hidrogênio, ficando retido e funcionando como
fase estacionária. (SKOGG, D.A., WEST, D.M. HOLLER, F.J.)
____________________________OBJETIVO_______________________________
Realização da cromatografia em camada delgada (CCD) utilizando
ciclohexanona e ciclohexanol fazendo uso de uma reação de acetato de etila com
hexano como eluente.
__________________________PARTE EXPERIMENTAL____________________
MATERIAIS UTILIZADOS
Balão de fundo redondo de duas bocas250mL
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Béquer de 250 mL
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Bolinhas de porcelana
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Capilares
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Vidro de relógio
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Pipeta de Pasteur
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Cromatofolhas
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3 Tubos de ensaio
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REAGENTES
Boroidreto de sódio NaBH4
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Cicloexanona C6H10O
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Metoxido MetOH
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Cicloexanol C6H11OH
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Acetato de Butila
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Hexano
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______________________PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL_______________
Em um balão de duas bocas de 250 mL foi adicionado 1g de 0,010 mol ou 10
mmol ciclohexanona , metoxido e borohidreto de sódio. E foi acrescentado
bolinhas de porcelana (PQ). Colocou-se o balão sobre um recipiente contendo
cubos de gelo (ocorreu uma reação exotérmica) até que a reação começasse a
borbulhar. Anotou-se a hora.
Três tubos de ensaio foram separados, na primeira continha ciclohexanol,
no segundo ciclohexanona e no terceiro, a reação de hexano com acetato de
etila. Fazendo uso de uma pipeta de Pasteur aplicaram-se aproximadamente cinco
vezes de amostras de cada uma de, hexano e de ciclohexanona, utilizando a
reação de acetato de etila com hexano para “limpar” a pipeta, (que este também foi
usado como o eluente) em uma plaquinha de sílica. Depois da aplicação as
substâncias nas plaquinhas colocaram-se esta em um béquer de 250 mL com a base
forrada com o eluente e uma folha quadrada de papel de filtro forrando a parede
do béquer. Tampou-se a vidraria com um vidro de relógio.
“Inicia-se o que chamamos de desenvolvimento cromatográfico onde
os componentes da amostra são influenciados pela ação de duas forças, opostas
entre si: Capilaridade: é a responsável pelo avanço do solvente ou fase móvel
sobre a fase estacionária que contém a amostra. Interação: tão logo se inicia a
migração da fase móvel, a amostra é dissolvida e começa a ser arrastada pela
fase móvel. Neste momento aparecem forças de interação entre os componentes da
amostra e a fase estacionária. Estas forças de interação se opõem à força de
arraste da fase móvel (capilaridade) retardando o avanço dos componentes da
amostra. Este retardo não ocorre da mesma forma para os diversos constituintes
presentes na amostra aplicada. Forças de interação como dipolo induzido, pontes
de hidrogênio, forças de Van der Waals tomam parte neste processo, fazendo
ocorrer mecanismos de separação como adsorção, dispersão e troca iônica.” (Prof.
Renato Zanella, Thin Layer Chromatography. UFMS. Acesso em: 30 out.
2009). Em questão dessas interações e otimizada para pelo sistema usado.
Analisou-se o arraste do eluente sobre a plaquinha de sílica, e quando
ele atingiu certa altura esta foi retirada do béquer com cuidado e marcou-se
até aonde o eluente percorreu. Esperou-se secar. Depois de seca a plaquinha foi
levada para um dispositivo de câmara UV, para se observar precisamente até
aonde cada substância percorreu, já que as substâncias não têm coloração, e
calculou-se seu Rf. Esta operação foi repetida mais duas vezes.
_______________________RESULTADO E DISCUSSÃO_____________________
No experimento foi usado o método da cromatografia em camada delgada
(CCD), dando uma especial ênfase.
É uma técnica de adsorção de líquido-sólido. A separação dos componentes
da mistura ocorre como migração diferencial de afinidade dos componentes de uma
mistura sobre uma camada delgada de adsorvente fixo em uma superfície plana,
por meio de uma fase móvel. Os adsorventes mais utilizados são a sílica,
alumina, celulose, terra diatomácea e poliamida. Por ser um processo simples e
econômico, sendo por este motivo a mais escolhida para acompanhamento de
reações orgânicas, e pode ser usada tanto na escala analítica quanto na
preparativa. (Figura 1.2). (Tipos de Cromatografia. Acesso em: 31
de out. 2009).
A separação pode ser expressa como um fator de fator de retenção
(Rf),definido como:
Onde o valor de Rf é a relação da distância percorrida pela fase móvel
com a distância percorrida pelo solvente . Os valores ideais para Rf estão entre
0,4 e 0,6. (Prof. Renato Zanella, Thin Layer Chromatography. UFMS. Acesso
em: 30 out. 2009)
Como o experimento foi feito três vezes obteve-se três valores de Rf da
Cicloexanona, de diferentes horários, são eles:
T1 = 14h 25min
Rf = (2,2cm)/(3,8cm)
Rf = 0,58 cm
T2 = 14h 55 min
Rf =(1,6cm)/(2,9cm)
Rf = 0,55cm
T3 = 15h 10min
Rf = (1,0cm)/(3,2 cm)
Rf = 0,31 cm
(Figura 1.6) (Figura 1.7) (Figura 1.8)
Uma avaliação para ser a mais completa possível, deve computar além das
distâncias de migração calculada pelo fator de correção, a densidade ótica das
manchas, a qual diz respeito à “quantidade da amostra”, que se divide em duas
opções.
Densitometria Clássica ou Fotodensitometria.
É realizada por um espectrofotômetro especialmente projetado para
receber objetos grandes como placas. A placa é varrida por um feixe que
registra as distâncias de migração a partir do ponto de aplicação e registra
também a densidade ótica da placa. As densidades óticas são convertidas em
pico, que depois de integrados geram curvas de calibração como em um processo
de cromatografia líquida ou gasosa.
Uma técnica onde a placa é colocada num gabinete escuro uma câmara UV
(transiluminador).No topo do gabinete é instalada uma câmera digital que
responde também ao UV. Esta câmera capta a imagem do cromatograma e transfere
ao computador diretamente por uma saída USB. No caso da câmera de vídeo a
transferência é feita através de uma placa (frame-grabber) que transforma o
sinal analógico em digital. Um software armazena esta imagem em um formato que
não pode ser editado. Uma vez armazenada, a imagem é transferida para outro
módulo dentro do software que varre a imagem da mesma forma que o
fotodensitômetro. A densidade ótica é então calculada e as curvas de calibração
são geradas. A vantagem desta técnica é que a documentação do
cromatograma é garantida. (Dicas de cromatografia.Acesso em: 02 nov. 09)
O mecanismo da redução segue da seguinte maneira:
A cicloexanona é reduzida a ciclohexanol pelo hidrogênio e um
catalisador metálico, pelo sódio em álcool, o agente redutor usado e o
boroidreto de sódio onde o oxigênio do metóxido ataca boro que fica carregado
negativamente, e o íon hidreto faz transferência, agindo como um nucleófilo. As
etapas são repetidas até que todos os átomos de hidrogênio ligados ao boro
tenham sido transferidos. (SOLOMONS & FRYHLE. Pág. 516)
POSTADO POR: RENATA BARBOSA RODRIGUES