quarta-feira, 30 de abril de 2014

EXPERIMENTO USANDO A TÉCNICA DA CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA

           Na metodologia dessa técnica, a mistura é depositada sobre alguma fase estacionária e os seus componentes são adsorvidos na superfície dessa fase em graus variados dependendo da natureza do componente, da natureza do adsorvente e da temperatura. Um solvente é então passado através da fase estacionária, movimentando-se por gravidade, por efeito capilar (capacidade dos líquidos molharem em profundidade a superfície de objetos e de drenarem muito rapidamente para fendas finas1) ou por pressão aplicada
                  Quando o solvente passa sobre a amostra depositada, os vários componentes tendem, em graus variados, a serem dissolvidos e arrastados juntamente com o solvente. A velocidade com a qual um componente irá mover-se depende de sua tendência relativa de ser dissolvido no solvente e de ser adsorvido na fase estacionária. O efeito resultante é que, quando o solvente passa lentamente através da fase estacionária, os componentes da mistura movem-se como zonas a velocidades diferentes uns dos outros, ocorrendo assim à separação. (CONSTANTINO, M.G; SILVA, G.V.J; DONATE, P.M. Pág. 201.)
                 A interação de compostos polares pela fase móvel ocorre em virtude da glicose ser constituída por 2.000 unidades de glicose anidra ligadas por átomos de oxigênio, formando pontes de hidrogênio, ficando retido e funcionando como fase estacionária. (SKOGG, D.A., WEST, D.M. HOLLER, F.J.)
____________________________OBJETIVO_______________________________
Realização da cromatografia em camada delgada (CCD) utilizando ciclohexanona e ciclohexanol fazendo uso de uma reação de acetato de etila com hexano como eluente.
__________________________PARTE EXPERIMENTAL____________________
MATERIAIS UTILIZADOS
Balão de fundo redondo de duas bocas250mL
Béquer de 250 mL
Bolinhas de porcelana
Capilares
Vidro de relógio
Pipeta de Pasteur
Cromatofolhas
3 Tubos de ensaio
REAGENTES
Boroidreto de sódio NaBH4
Cicloexanona C6H10O
Metoxido MetOH
Cicloexanol C6H11OH
Acetato de Butila
Hexano
______________________PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL_______________
Em um balão de duas bocas de 250 mL foi adicionado 1g de 0,010 mol ou 10 mmol ciclohexanona , metoxido e borohidreto de sódio. E foi acrescentado bolinhas de porcelana (PQ). Colocou-se o balão sobre um recipiente contendo cubos de gelo (ocorreu uma reação exotérmica) até que a reação começasse a borbulhar. Anotou-se a hora.
Três tubos de ensaio foram separados, na primeira continha ciclohexanol, no segundo ciclohexanona e no terceiro, a reação de hexano com acetato de etila. Fazendo uso de uma pipeta de Pasteur aplicaram-se aproximadamente cinco vezes de amostras de cada uma de, hexano e de ciclohexanona, utilizando a reação de acetato de etila com hexano para “limpar” a pipeta, (que este também foi usado como o eluente) em uma plaquinha de sílica. Depois da aplicação as substâncias nas plaquinhas colocaram-se esta em um béquer de 250 mL com a base forrada com o eluente e uma folha quadrada de papel de filtro forrando a parede do béquer. Tampou-se a vidraria com um vidro de relógio.
“Inicia-se o que chamamos de desenvolvimento cromatográfico onde os componentes da amostra são influenciados pela ação de duas forças, opostas entre si: Capilaridade: é a responsável pelo avanço do solvente ou fase móvel sobre a fase estacionária que contém a amostra. Interação: tão logo se inicia a migração da fase móvel, a amostra é dissolvida e começa a ser arrastada pela fase móvel. Neste momento aparecem forças de interação entre os componentes da amostra e a fase estacionária. Estas forças de interação se opõem à força de arraste da fase móvel (capilaridade) retardando o avanço dos componentes da amostra. Este retardo não ocorre da mesma forma para os diversos constituintes presentes na amostra aplicada. Forças de interação como dipolo induzido, pontes de hidrogênio, forças de Van der Waals tomam parte neste processo, fazendo ocorrer mecanismos de separação como adsorção, dispersão e troca iônica.” (Prof. Renato Zanella, Thin Layer Chromatography. UFMS. Acesso em: 30 out. 2009). Em questão dessas interações e otimizada para pelo sistema usado.
Analisou-se o arraste do eluente sobre a plaquinha de sílica, e quando ele atingiu certa altura esta foi retirada do béquer com cuidado e marcou-se até aonde o eluente percorreu. Esperou-se secar. Depois de seca a plaquinha foi levada para um dispositivo de câmara UV, para se observar precisamente até aonde cada substância percorreu, já que as substâncias não têm coloração, e calculou-se seu Rf. Esta operação foi repetida mais duas vezes.
_______________________RESULTADO E DISCUSSÃO_____________________
No experimento foi usado o método da cromatografia em camada delgada (CCD), dando uma especial ênfase.
É uma técnica de adsorção de líquido-sólido. A separação dos componentes da mistura ocorre como migração diferencial de afinidade dos componentes de uma mistura sobre uma camada delgada de adsorvente fixo em uma superfície plana, por meio de uma fase móvel. Os adsorventes mais utilizados são a sílica, alumina, celulose, terra diatomácea e poliamida. Por ser um processo simples e econômico, sendo por este motivo a mais escolhida para acompanhamento de reações orgânicas, e pode ser usada tanto na escala analítica quanto na preparativa. (Figura 1.2). (Tipos de Cromatografia. Acesso em: 31 de out. 2009).
A separação pode ser expressa como um fator de fator de retenção (Rf),definido como:

Onde o valor de Rf é a relação da distância percorrida pela fase móvel com a distância percorrida pelo solvente . Os valores ideais para Rf estão entre 0,4 e 0,6. (Prof. Renato Zanella, Thin Layer ChromatographyUFMS. Acesso em: 30 out. 2009)
Como o experimento foi feito três vezes obteve-se três valores de Rf da Cicloexanona, de diferentes horários, são eles:
T1 = 14h 25min

Rf = (2,2cm)/(3,8cm)
Rf = 0,58 cm
T2 = 14h 55 min

Rf =(1,6cm)/(2,9cm)
Rf = 0,55cm
T= 15h 10min

Rf = (1,0cm)/(3,2 cm)
Rf = 0,31 cm
(Figura 1.6) (Figura 1.7) (Figura 1.8)
Uma avaliação para ser a mais completa possível, deve computar além das distâncias de migração calculada pelo fator de correção, a densidade ótica das manchas, a qual diz respeito à “quantidade da amostra”, que se divide em duas opções.
Densitometria Clássica ou Fotodensitometria.
É realizada por um espectrofotômetro especialmente projetado para receber objetos grandes como placas. A placa é varrida por um feixe que registra as distâncias de migração a partir do ponto de aplicação e registra também a densidade ótica da placa. As densidades óticas são convertidas em pico, que depois de integrados geram curvas de calibração como em um processo de cromatografia líquida ou gasosa.
Uma técnica onde a placa é colocada num gabinete escuro uma câmara UV (transiluminador).No topo do gabinete é instalada uma câmera digital que responde também ao UV. Esta câmera capta a imagem do cromatograma e transfere ao computador diretamente por uma saída USB. No caso da câmera de vídeo a transferência é feita através de uma placa (frame-grabber) que transforma o sinal analógico em digital. Um software armazena esta imagem em um formato que não pode ser editado. Uma vez armazenada, a imagem é transferida para outro módulo dentro do software que varre a imagem da mesma forma que o fotodensitômetro. A densidade ótica é então calculada e as curvas de calibração são geradas. A vantagem desta técnica é que a documentação do cromatograma é garantida. (Dicas de cromatografia.Acesso em: 02 nov. 09)
O mecanismo da redução segue da seguinte maneira:

A cicloexanona é reduzida a ciclohexanol pelo hidrogênio e um catalisador metálico, pelo sódio em álcool, o agente redutor usado e o boroidreto de sódio onde o oxigênio do metóxido ataca boro que fica carregado negativamente, e o íon hidreto faz transferência, agindo como um nucleófilo. As etapas são repetidas até que todos os átomos de hidrogênio ligados ao boro tenham sido transferidos. (SOLOMONS & FRYHLE. Pág. 516)
POSTADO POR: RENATA BARBOSA  RODRIGUES

quarta-feira, 23 de abril de 2014

TRABALHO CIENTÍFICO COM USO DA TÉCNICA DA CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA

TÍTULO: SÍNTESE E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE FITOTÓXICA DE LACTONAS SESQUITERPÊNICAS DERIVADAS DA ALFA-SANTONINA 

RESUMO: O controle de plantas daninhas é essencial para garantir a qualidade e produtividade das culturas. O uso de herbicidas é geralmente o método de controle mais confiável e de menor custo (HEAP, 1997). Lactonas sesquiterpênicas apresentam um amplo espectro de atividade biológica com potencial para utilização em medicina e na agricultura (BARGUES et al., 2002). Neste trabalho, foram sintetizadas as lactonas sesquiterpênicas [2], [3] e [4], conforme esquema 1. A reação fotoquímica para a síntese de [2] foi realizada em reator de borossilicato, , obtendo-se um rendimento de 26%. O composto [3] foi obtido pela redução de [2] com rendimento de 86%. A lumissantonina [4] foi obtida com um rendimento de 66 % quando se utilizou benzeno como solvente e 80% ao se utilizar acetonitrila.

PALAVRAS CHAVES: alfa-santonina, herbicidas, lactonas sesquiterpênicas.

INTRODUÇÃO: As plantas daninhas representam um problema constante na agricultura. Apesar dos modernos métodos de controle químico de plantas daninhas, perdas no rendimento e qualidade das culturas são ainda comuns, inclusive em países desenvolvidos (MACIAS, 1995).Segundo HEAP, (1997), o uso de herbicidas é geralmente o método mais confiável e de menor custo no controle de plantas daninhas. Mas o uso desses produtos têm sido questionado devido à sua toxicidade, tanto ao homem quanto ao meio ambiente. A maioria dos produtos químicos sintéticos são bastante perigosos devido à sua grande persistência no meio ambiente, e ainda por apresentarem atividade carcinogênica e mutagênica (LEIN, 2004). As lactonas sesquiterpênicas apresentam um amplo espectro de atividades biológicas. Os guaianolídeos representam um importante grupo dessas lactonas, com cerca de 500 compostos conhecidos de origem natural. A santonina, um eudesmanolídeo natural disponível comercialmente, pode ser utilizada como material de partida para a síntese de guaianolídeos (BARGUES et al., 2002). Este trabalho teve como objetivo a síntese e avaliação da atividade herbicida de lactonas sesquiterpênicas derivadas da santonina [1].

MATERIAL E MÉTODOS: Neste trabalho, utilizou-se reações fotoquímicas para a síntese de lactonas sesquiterpênicas, derivadas da a-santonina. Para a síntese de [2], foi utilizado um reator de borossilicato, resfriado com água à temperatura ambiente, contendo uma lâmpada de vapor de mercúrio de alta pressão (125 W) como fonte de radiação, e ácido acético anidro como solvente. O composto [3] foi obtido pela redução de [2] com boroidreto de sódio em metanol anidro. Finalmente, para a síntese do composto [4], a a-santonina foi submetida à reação fotoquímica, na qual utilizou-se um reator de quartzo, contendo quatro lâmpadas de vapor de mercúrio de baixa pressão (4 x 15 W) como fonte de radiação. Nesta etapa utilizou-se acetonitrila ou benzeno como solvente da reação. As reações foram acompanhadas por meio de cromatografia em camada delgada (CCD). Os produtos foram isolados por meio de cromatografia em coluna utilizando-se sílica gel como fase estacionária. Os compostos produzidos durante as etapas de síntese foram identificados por Espectroscopia no IV, RMN de 1H, RMN de 13C e Espectrometria de massas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: As reações para o preparo de compostos derivados da alfa-santonina [1] foram realizadas de acordo com o Esquema 1.Na tentativa de síntese de [2] foram utilizados reatores de quartzo e de borossilicato. Utilizando o reator de borossilicato e ácido acético anidro, houve a formação de uma mistura complexa de compostos, e o composto [2] foi isolado com rendimento de 26 %. Ao se utilizar o reator de quartzo, houve também a formação de uma mistura muito complexa de produtos, não sendo formado o composto [2]. Nesta síntese, o esqueleto eudesmanolídeo da alfa-santonina se transforma no esqueleto guaianolídeo através de rearranjos fotoquímicos do sistema cross-conjugado da dienona da alfa-santonina (BARGUES et al., 2002). O composto [3] foi obtido pela redução de [2] com boroidreto de sódio (NaBH4) em metanol, com rendimento de 86%.
Para a síntese da lumissantonina [4], obtida por rearranjo intramolecular no estado excitado, foi utilizado o reator de quartzo. Nessa reação, foi realizado um estudo sobre o efeito da variação do solvente (acetonitrila ou benzeno) sobre o rendimento da reação. O rendimento da reação em benzeno foi de 66 %, e de 80 % em acetonitrila.


CONCLUSÕES: Os rendimentos obtidos na síntese dos compostos [3] e [4] foram superiores ao rendimento para o preparo do composto [2]. Nesse estudo foi feita a avaliação do efeito do solvente sobre o rendimento da reação fotoquímica para o preparo da lactona [4], observando-se uma pequena variação no rendimento quando variou-se o solvente. Os compostos sintetizados serão submetidos a ensaios biológicos para avaliação da atividade herbicida.

AGRADECIMENTOS:Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e à Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais (FAPEMIG).

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:
BARGUES, V , BLAY, G. , CARDONA, L. , GARCIA, B. , PEDRO, J. R. ,. Stereoselective Synthesis of (+)-11bH,13-Dihydroestafiatin, (+)-11bH,13-Dihydroludartin, (-)-Compressanolide , and (-)-11bH,13-Dihydromicheliolide from santonin. J. Nat. Prod., 65, p. 1703 – 1706, 2002.

HEAP, I. M. The ocurrence of herbicide – resistant weeds worldwide. Pesticide Science, v. 51, p. 235-243, 1997.

LEIN, W.; BORNKE, F.; REINDL, A.; EHRHARDT, T.; STITT, M.; SONNEWALD, U. Target-based discovery of novel herbicides, &: 219-225, 2004.

MACIAS, F. A. Allelopathy: organisms, processes, and applications. Chapter 23: Allelopathy in the Search for Natural Herbicide Models. American Chemical Society, Washington, DC 1995.

AUTORES: RODRIGUES, F. F.1*, ARANTES, F. F. P.1, BARBOSA, L. C. A.1, MALTHA, C. R. A.1, DEMUNER, A. J.1 .
1UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIçOSA, AV. PH. ROLFS S/N – VIçOSA – MG. CEP: 36570-000. DEPARTAMENTO DE QUíMICA – LABORATóRIO DE ANáLISE E SíNTESE DE AGROQUíMICOS (LASA). *FARIARODRIGUES@YAHOO.COM.BR

Fonte:


Postado por: Renata Barbosa Rodrigues

quarta-feira, 16 de abril de 2014

MÉTODOS PARA DETECÇÃO – CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA




Publicado em julho 15, 2013 por Campo de Arroz
Existem três tipos de métodos de detecção aplicáveis a Cromatografia em Camada Delgada (JORK, FUNK, et al., 1990):
a)    Métodos Físicos: São técnicas não-destrutivas. Incluem absorção fotométrica, inibição de fluorescência ou fosforescência e detecção de substâncias marcadas radioativamente;
b)    Reações Microquímicas: Uso de um reagente universal ou com substâncias que reagem com um grupo funcional específico.
c)    Detecção biológico-fisiológica (Biological-physiological detection): métodos que dependem da atividade biológica de componentes separados, independentemente de suas propriedades químicas ou físicas. São altamente específicos. Usados para detecção e determinação de antibióticos, alcalóides, inseticidas, fungicidas, micotoxinas, vitaminas e saponinas.

1 Luz Ultravioleta
O uso da luz ultravioleta é aplicável para fases estacionárias impregnadas com material fluorescente (placas F254). Usa-se o comprimento de onda de 254 nm e, se o analito absorve a luz, ele será visto como uma mancha preta, enquanto que o fundo estará colorido devido ao reagente fluorescente. Se o composto é naturalmente fluorescente, o uso do comprimento de onda de 365 nm pode ser usado (WATSON, 1999).

2 Tratamento com Iodo
O iodo atua como um reagente universal, visto que há exemplos de aplicação para várias classes de substâncias – ex.: aminoácidos, indóis, alcalóides, esteróides, psicotrópicos, lipídios. O cromatograma pode ser tratado com vapores de iodo (coloca-se a placa em uma câmara onde anteriormente cristais de iodo foram dispersos em seu fundo, esperando que esta fique saturada de vapores de iodo) ou pela nebulização de uma solução de iodo (JORK, FUNK, et al., 1990).
A reação com o iodo geralmente é reversível. Caso a opção seja vapores de iodo, deve-se documentar o cromatograma rapidamente, pois as manchas desaparecerão quando o vapor de iodo for evaporado da placa. No desejo de preservar as manchas, pode-se usar uma solução de amido, produzindo manchas azuis estáveis (JORK, FUNK, et al., 1990).
Os tipos de reações que poderão ocorrer com o iodo são (WALL, 2005):
a)    Formação de produtos de oxidação: hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, indóis e derivados quinolínicos;
b)    Adição do iodo a ligações duplas: alcalóides derivados da quinina, barbitúricos, lipídeos insaturados, capsaicinóides e calciferol;
c)    Adição a nitrogênio terciário: opióides
d)    Adição a grupo –OCH3: brucina
e)    Oxidação de enxofre e adição a dupla ligação no anel tiazólico: tióis e tioéteres;
f)      Formação de complexo: alcalóides, fenotiazinas e sulfonamidas.
Um exemplo na farmacopéia brasileira é a identificação de Ampicilina, tanto na matéria-prima, como no produto terminado – cápsulas, comprimidos e pó para suspensão oral (Farmacopéia Brasileira, 2000).

3 Derivatização
Os métodos físicos de detecção não são suficientes para conferir um alto grau de precisão e acurácia (JORK, FUNK, et al., 1990). Assim, estes métodos podem ser complementados por reações químicas específicas (derivatização). A derivatização pode ocorrer em várias etapas:
a)    Anteriormente ao desenvolvimento cromatográfico (pré-cromatográfico): pode ser efetuada durante a preparação da amostra ou diretamente na placa;
b)    Posteriormente ao desenvolvimento cromatográfico (pós-cromatográfico): detecção do cromatograma em sua forma propriamente dita.

3.1 Reagente aldeído/ácido

Baseia-se numa reação que depende da protonação de um aldeído aromático (vanilina ou anisaldeído), que ocorre na presença de eletrófilos. A condensação com certas moléculas orgânicas pode ocorrer imediatamente para formar corantes do tipo trifenilmetano. A associação vanilina/ácido sulfúrico ou vanilina/ácido clorídrico pode ser usada para visualização de catequinas, alcalóides, flavonóides, componentes de óleos essenciais, esteróides e fenóis (WALL, 2005). Já a associação anisaldeído/ácido sulfúrico pode ser usada para visualizar antioxidantes, esteróides, prostaglandinas, carboidratos, fenóis, glicosídeos, parte aglicona de saponinas, componentes de óleos essenciais ou terpenos, antibióticos (macrolídeos e tetraciclinas) e micotoxinas – tricotecenos (JORK, FUNK, et al., 1990).
Na farmacopéia brasileira, encontramos exemplo deste reagente na monografia do cloridrato de propranolol – substâncias relacionadas (Farmacopéia Brasileira, 2001). O reagente é formado por anisaldeído, ácido acético glacial, metanol e ácido sulfúrico.

3.2 Reagente de Dragendorff
O Reagente de Dragendorff pode ser utilizado para visualizar a maioria, quem sabe até a totalidade, dos compostos orgânicos nitrogenados. Consiste na preparação de duas soluções (WALL, 2005):
a)    Solução A: Nitrato de Bismuto (III) é dissolvido em ácido acético e água
b)    Solução B: Iodeto de potássio é dissolvido em água
A partir da mistura de igual proporção destas soluções, prepara-se uma solução de estoque. A solução a ser borrifada é obtida pela mistura da solução de estoque com ácido acético e água.
A monografia de clotrimazol creme possui um teste de identificação que faz uso deste reagente, mas utilizando ácido clorídrico no lugar no ácido acético (The United States Pharmacopeia, 2006). As manchas do analito aparecem com coloração alaranjada.

3.3 Tratamento com ninidrina
Constitui um método de derivatização que pode ser tanto pré-cromatográfico, quanto pós-cromatográfico. A ninidrina pode ser colocada na fase móvel com o objetivo de converter peptídios, aminoácidos ou aminas para derivados fluorescentes ou coloridos (JORK, FUNK,et al., 1990). Aminas primárias geram manchas de cor rosa, enquanto que as terciárias produzem cor amarela (WATSON, 1999).
Existem exemplos do uso da ninidrina em farmacopéias. A identificação de cefalexina em suspensões orais, comprimidos e cápsulas pode ser feita inserindo a ninidrina na fase móvel (The United States Pharmacopeia, 2006). A ninidrina também pode ser usada em solução reveladora: a identificação de carbidopa+levodopa em comprimidos – solução de ninidrina em acetona (The United States Pharmacopeia, 2006) – e a identificação de amoxicilina em cápsulas – solução de ninidrina em etanol (Farmacopéia Brasileira, 2000).

3.4 Reagent de Ehrlich
Detecta aminas e indóis. É uma solução de 4-dimetilaminobenzaldeído em ácido clorídrico/etanol (WALL, 2005). As monografias de substâncias relacionadas de ibuprofeno (Farmacopéia Brasileira, 2001) e ensaio de pureza (limite de degradação de sulfametoxazol) apresentam esta solução reveladora (Farmacopéia Brasileira, 2003).

3.5 Cloreto Férrico
Detecta fenóis, alcalóides do ergot, ânions inorgânicos, enóis, ácidos hidroxâmicos e ésteres de colesterol. Dilui-se o cloreto férrico em etanol ou água. Após tratamento, a placa deve ir para estufa (WALL, 2005). Na farmacopéia brasileira, o teste de substâncias relacionadas do ibuprofeno faz uso deste reagente (Farmacopéia Brasileira, 2001).

3.6 Regente de Jenson
Usados para detectar glicosídeos cardíacos. Formado por mistura de Cloramina T com ácido tricloroacético em clorofórmio, metanol e água. Após tratamento, deve ir para estufa (WALL, 2005). A monografia da digoxina contempla o uso deste reagente (Farmacopéia Brasileira, 2002).


Postado por: Renata Barbosa Rodrigues


sábado, 12 de abril de 2014

DEVIDO AOS RISCOS QUE OS RESÍDUOS DE PESTICIDAS TRAZEM À SAÚDE DE QUEM CONSOME ALIMENTOS CONTAMINADOS COM ELES, HÁ NECESSIDADE DE UM MONITORAMENTO CONSTANTE DOS NÍVEIS DE RESÍDUOS DOS MESMOS NOS MAIS VARIADOS PRODUTOS1.


Instituições com laboratórios capazes de analisar resíduos de pesticidas são escassas em muitas regiões e totalmente ausentes em outras. Isto porque os métodos analíticos usualmente empregados nestas análises, que são os cromatográficos, requerem equipamentos sofisticados e pessoal técnico especializado. Além disso, essas técnicas demandam dos laboratórios de resíduos grande investimento em infra-estrutura e materiais nem sempre acessíveis2.
Assim, devido ao alto custo das análises, necessidade de pessoal especializado e sofisticação dos métodos empregados, a elevação do número de amostras a serem analisadas não pode ser feita na justa medida da demanda. Conseqüentemente, a busca de novos métodos para monitorar resíduos de pesticidas deve ser estimulada tanto sob o ponto de vista ambiental como o de saúde pública3,4. Desta forma, neste trabalho pretendeu-se desenvolver uma metodologia simples e de baixo custo, sem a necessidade de equipamentos sofisticados e de fácil aplicação local, isto é, nas próprias regiões produtoras e distribuidoras de frutas e legumes por exemplo, podendo-se, assim, ampliar o monitoramento e controlar a qualidade desses produtos nas principais regiões agrícolas do Brasil.
A cromatografia em camada delgada (TLC) foi a metodologia escolhida e desenvolvida neste estudo para a determinação dos resíduos. As vantagens desse método são a simplicidade, a instrumentação de baixo custo e a versatilidade, apresentando-se, portanto, adequado à execução de determinações em série. Além disso, a TLC pode ser usada quando as possibilidades de aplicação de outros métodos são limitadas pelas propriedades da amostra, como por exemplo, substâncias termolábeis, baixa volatilidade ou presença de quantidades consideráveis de impurezas dificultando a análise (resinas, pigmentos, etc.)5-7. O sucesso da separação cromatográfica depende do método de detecção. Substâncias coloridas são, é claro, visíveis como manchas distintas ao fim da corrida. Uma das maiores vantagens da TLC é a grande variedade de reagentes de detecção usados, os quais podem ser mais ou menos seletivos. Quando o reagente dissolvido no solvente adequado é aplicado na placa, produz-se uma mancha colorida in situ. O reagente pode ser classificado como não específico se produzir manchas coloridas com uma variedade de compostos, ou específico se for somente reativo com compostos contendo um grupo funcional particular5,8.
O método mais comum para análises quantitativas em TLC utiliza densitômetros contudo, existem vários outros métodos de detecção muito sensíveis que também podem ser utilizados com esta finalidade como, por exemplo, a reação de Hill. Esta reação faz parte do processo de fotossíntese das plantas. Cerca de 40% dos herbicidas (uracilas, feniluréias e triazinas, dentre outros) destroem as ervas daninhas devido à capacidade que possuem em interferir com o processo fotossintético.
A reação 2H2O + 2A ® 2AH2 + O é conhecida como reação de Hill. No esquema, A representa um aceptor artificial de hidrogênio, em sua forma oxidada e AH2 representa um aceptor artificial de hidrogênio, em sua forma reduzida. O aceptor utilizado por Hill foi o 2,6-diclorofenolindolfenol, um corante não biológico que na sua forma oxidada (A) é azul e na forma reduzida (AH2) é incolor 9.
Além desse processo, existem outros processos químicos e biológicos que são responsáveis pela detecção de resíduos de pesticidas em TLC e a maior ou menor sensibilidade e seletividade desses compostos vão depender da capacidade que os mesmos possuem de inibir determinadas reações químicas ou biológicas10. A literatura apresenta vários exemplos desses métodos capazes de detectar pesticidas na ordem de nanogramas11-21. Compostos organoclorados, fenoxiácidos e triazinas podem ser detectados com nitrato de prata16. Inseticidas organofosforados e carbamatos podem ser detectados por reações enzimáticas15,19. Herbicidas triazínicos e derivados de uréia, por inibição da fotossíntese21.
Similarmente às outras técnicas cromatográficas, a identificação das substâncias é também contestável em TLC, já que compostos diferentes podem apresentar o mesmo valor de Rf. Além disso, são necessários padrões puros para identificar compostos desconhecidos. Teoricamente, seriam necessários reagentes específicos para cada identificação. O uso combinado de vários reagentes de detecção ajuda na identificação de tipos ou classes de compostos, mas não na identificação do composto individual. A única solução para a identificação é o uso combinado de técnicas5-7.
A tomaticultura, apesar de ser uma cultura rentável, costuma atravessar fases críticas devido à ocorrência freqüente e constante de pragas durante todo o ciclo da planta. Face à rápida proliferação de pragas, os agricultores realizam aplicações preventivas de pesticidas até duas vezes por semana, o que além de aumentar o custo da produção pode induzir resistência às pragas22,23.
Este estudo foi realizado com o intuito de investigar a possibilidade de aplicação do método de cromatografia em camada delgada (TLC) em combinação com métodos de extração e "clean-up" para análise de resíduos de pesticidas em amostras de tomate, devido aos riscos que os resíduos de pesticidas trazem à saúde de quem os consome e frente à necessidade de um monitoramento constante dos níveis de resíduos.   POSTADO POR:HÉLCIO SAMPAIO                                                                                                                                                                                                                               

quarta-feira, 9 de abril de 2014

IDENTIFICAÇÃO DE CORTICÓIDES E PIROXICAM POR CROMATOGRAFIA DELGADA CAMADA DELGADA EM MEDICAMENTOS MANIPULADOS FALSIFICADOS

                 


                       Muitos medicamentos manipulados comercializados como “naturais” para o tratamento de dores são livremente vendidos no país. Entretanto, os padrões de qualidade e segurança destes produtos, estabelecidos pela legislação vigente, nem sempre são satisfatórios. Erros na rotulagem, assim como fraudes por adição de substâncias não declaradas nas formulações são frequentes nas amostras encaminhadas ao Centro de Medicamentos, Cosméticos e Saneantes do Instituto Adolfo Lutz. Este trabalho descreve um levantamento sobre a presença de glicocorticóides e piroxicam em produtos magistrais contendo formulações naturais de plantas utilizadas no tratamento de dores de coluna, artrites e tendinites. Foi detectada a presença de corticóides e/ou piroxicam em sete de vinte e cinco amostras analisadas entre 2004 e 2010, o que indica uma situação de alerta em se tratando de medicamentos manipulados que não deveriam constar indicações terapêuticas.
          Uma técnica apropriada para análise de produtos manipulados  é  a cromatografia em  camada delgada,  que  é uma  técnica simples,  flexível,  de baixo custo,  utilizada na separação de componentes, e apropriada para análises preliminares de identificação, a qual foi utilizada por MARKMAN et al. 12(1993)   na detecção  de corticosteróides em preparações farmacêuticas.





Postado por: Renata Barbosa Rodrigues


sábado, 5 de abril de 2014

TRIAGEM PARA HPLC NA DETECÇÃO DE ANFETAMINAS E SIBUTRAMINA EM LAXANTES FITOTERÁPICOS PARA EMAGRECIMENTO

Há relatos de anfetaminas sintéticas e sibutramina, não mencionadas em rotulagem, na composição de fórmulas fitoterápicas laxantes atuando como adulterantes. Como  tais medicamentos são substâncias controladas pela ANVISA com sérias restrições ao uso e aindanão se sabe como interagem com medicamentos fitoterápicos, faz-se necessário identificar tais adulterações. O objetivo deste trabalho foi demonstrar como a cromatografia em camada delgada comparativa (CCD) pode ser um método viável  de triagem para a HPLC (Cromatografia Líquida de Alta Eficiência) na detecção de adulterantes, por se tratar de um método simples, rápido e com menor custo se  comparado a HPLC. Foram utilizados sete medicamentos para efeito comparativo: Quatro medicamentos fitoterápicos laxantes amplamente usados (Cáscara sagrada e Senne), sendo duas destas amostras obtidas com certificado de pureza (Uma de Cáscara sagrada e outra de senne) e duas obtidas vias comércio eletrônico (Uma de cada fitoterápico); as outras três amostras restantes se referem às anfetaminas (Cloridrato de Anfepramona e Cloridrato de Femproporex) e ao Cloridrato de sibutramina. As substâncias foram solubilizadas em etanol para se tornarem amostras passíveis de transferência com auxílio de capilares (cinco microlitros de cada). Tal transferência foi feita a cinco placas cromatográficas em sílica gel. Tais placas foram colocadas em cubas cromatográficas contendo fase móvel (na altura de 0,5 cm no interior do recipiente) composta por acetato de etila e hexano (1:1).A corrida cromatográfica deu-se em aproximadamente 20 minutos, onde posteriormente as placas foram retiradas e levadas à estufa para processo de secagem (5 minutos). Após secagem, houve a aplicação dos processos de revelação: Uma placa foi submetida a Ninidrina e as quatro restantes a outros reativos líquidos (Reagente de Dragendorff, Solução de H2SO4 em etanol, Solução de KOH em etanol e Solução de cloreto férrico).As manchas e fatores de retenção obtidos entre os fármacos sintéticos e os fitoterápicos foram comparados e não sugeriram nenhum quadro de adulteração, somente forneceram dados cromatográficos para posteriores análises. A ninidrina, por exemplo, mostrou-se reativa com o Cloridrato de Femproporex, revelando uma mancha de cor púrpura e Fator de retenção (Rf): 0,63; que nos permite dizer que tal mancha com este Rfobtidos em análises cromatográficas de fitoterápicos possa ser indicador de possíveladulteração. Outros reativos se mostraram eficazes na detecção de componentes das amostras sintéticas, podendo, como a Ninidrina, também servir como parâmetros de possíveis adulterações em fitoterápicos em futuras análises: Reagente de Dragendorff (Reativo ao Cloridrato de Femproporex: duas manchas amarelas com respectivos Rf’s de 0,2 e 0,3) e Reagente de Cloreto Férrico (Reativo ao cloridrato de Anfepramona: Duas manchas marrons com Rf’s de 0,3 e 0,7 e também reativo ao Cloridrato de Sibutramina: mancha castanho-claro em Rf:0,95).Os dois outros reagentes (KOH em etanol e Ácido sulfúrico em etanol) não se mostraram reativos aos medicamentos sintéticos, somente aos fitoterápicos.  POSTADO POR:HÉLCIO SAMPAIO

quinta-feira, 3 de abril de 2014

SEPARAÇÃO DE MISTURAS POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA (CCD) EM PLANTAS MEDICINAIS


INTRODUÇÃO

A fitoquímica é a área responsável pelo estudo dos princípios ativos de drogas vegetais e tem como objetivo a extração, isolamento, purificação e determinação da estrutura química dos constituintes presentes em extratos de plantas com atividade biológica.
Os métodos comumente usados para a extração, isolamento e purificação dos constituintes químicos dos extratos e óleos essenciais são os métodos cromatográficos clássicos como a Cromatografia em Camada Delgada (CCD);


Preparação dos extratos

No intuito de preparar os extratos vegetais visando ao isolamento dos seus constituintes químicos, inúmeras metodologias podem ser utilizadas, sendo que um dos métodos considerados mais adequados para a análise química-farmacológica é a preparação de um extrato hidroalcoólico (etanol/água), por se aproximar do uso popular. Os extratos também podem ser obtidos com álcool etílico, metanol ou solventes de diferentes polaridades (hexano, éter etílico, éter de petróleo, diclorometano, clorofórmio, acetato de etila, n-butanol, entre outros).
Posteriormente à extração por maceração ou percolação, as soluções extrativas são filtradas e, em seguida, o solvente é evaporado em evaporador rotativo (rotavapor), para posterior análise fitoquímica qualitativa.


Cromatografia em Camada Delgada (CCD)


A cromatografia é um método físico-químico de separação fundamentada na migração diferencial dos componentes de uma mistura, decorrente de diferentes interações entre duas fases imiscíveis, a fase móvel e a fase estacionária. Dentre as técnicas de cromatografia esta é a mais simples e econômica quando se pretende a separação rápida e identificação visual.

De maneira simplificada: uma gota de solução contendo a amostra (soluto) é colocada a cerca de um centímetro da base da placa (fase estacionária). Após a evaporação do solvente, a placa é colocada em contato com a fase móvel que está contida em uma cuba cromatográfica. A cromatografia se desenvolve com a fase móvel migrando através da fase estacionária por ação da capilaridade, a este processo chama-se "corrida". Assim, diferentes solutos com diferentes interações com a fase estacionária são arrastados a velocidades diferentes e, a partir de uma única mancha, obtém-se um cromatograma com várias “manchas”, tantas quantas os componentes da mistura.




Postado por: Thamiris da Silva Montenegro
Acadêmica em Farmácia
Fonte: http://www.neplame.univasf.edu.br/fitoquiacutemica.html

quarta-feira, 2 de abril de 2014

TÉCNICA CROMATOGRÁFICA

Técnicas cromatográficas - Procedimentos para realização. Parte I.

Cromatografia em Camada Delgada

Consiste na separação dos componentes de uma mistura através da migração diferencial sobre uma camada delgada de adsorvente retido sobre uma superfície plana.

Aplicações:
Estudos preliminares da complexidade dos componentes de um extrato orgânico;
Investigação de: Casos de envenenamento; ingestão de estimulantes por atletas;
Estudos de reações : presença  de intermediários estáveis;
Análise da pureza de compostos;
Análise da eficiência de: destilação e cristalização.

Vantagens da Cromatografia em Camada Delgada
a. Simplicidade;
b. Baixo custo;
c. Facilidade de remover por raspagem a camada, com  espátula fina ou com uma lâmina  para microscopia, para recuperar, por eluição, o conteúdo de uma mancha ou de uma banda;



ADSORVENTES UTILIZADOS EM CCD

Processo de separação varia em função da quantidade de água presente no adsorvente:

Ausência de água = Adsorção
Presença de água = Partição

Exemplos de adsorventes

Sílica-Gel ou àcido Silícico;
Óxido de alumínio ou alumina;
Celulose;
Kieselgur;
Poliamida;
Sílica gel.

Técnica Geral
Ø  Escolha da fase estacionária;
Ø  Preparação das placas cromatográficas;
Ø  Ativação das placas cromatográficas;
Ø  Seleção da fase móvel;
Ø  Aplicação das amostras nas cromatoplacas;
Ø  Preparação da cuba cromatográfica
Ø  e desenvolvimento do cromatograma;
Ø  Revelação dos cromatogramas;
Ø  Documentação;
Ø  Calculo do fator de retenção Rf;


Escolha da fase estacionária
Ø  Liofilicidade e liofobicidade
Interação com os componentes (polaridade)
Ø  Necessidade de aditivos
Aglutinantes
Substâncias fluorescentes
Ø  Capacidade adsorvedora

Preparação da placas
As placas devem ser:
Resistentes, inertes aos reagentes e solventes, resistentes à temperatura e uniformes.
Dificuldades:
Obtenção de camada uniforme.


Placas pré fabricadas:
Dispensam a fase de preparação; são mais uniformes e homogêneas, melhorando a separação e tornando os valores de Rf mais reprodutíveis.


 Procedimentos para a preparação das placas

Limpeza da placa de vidro→ detergente e água corrente (eliminação de gordura);
Secagem→em estufa

Preparação das camadas finas dos adsorventes:

Utilização de espalhadores ( mais empregada);
Submersão, aspersão ou vertendo-se sobre as placas suspensão do adsorvente apropriado.

Riscar as placas, determinando a altura de ínicio e fim da cromatografia.

 Postado por: Renata Barbosa Rodrigues