quinta-feira, 26 de junho de 2014
A etapa final é a transferência da placa para uma estufa por um determinado tempo para que ocorra a sua ativação; o tempo e a temperatura dependem do adsorvente usado e da atividade desejada.
A sílica, por exemplo, é ativada a 105 -110 °C por 30 a 60 minutos. A espessura da camada de sílica a ser depositada é de 0,25 mm para placas analíticas e de 1,0 mm para placas preparativas.
cromatografia
Existem várias formas bastante simples de preparar a placa. Uma delas consiste em preparar a suspensão do adsorvente no solvente adequado (na maioria das vezes o dispersante utilizado é a água) e, mantendo-se a placa de vidro na posição horizontal transferir a suspensão para a superfície da placa, espalhando-se de maneira uniforme manualmente (com um bastão de vidro) ou com o auxílio de um espalhador. A dificuldade encontrada nesse processo é a obtenção de superfícies uniformes.
sábado, 7 de junho de 2014
ÓLEO ESSENCIAL DA CASCA DE OCOTEA CATHARINENSIS MEZ. (LAURACEAE)
INTRODUÇÃO
Ocotea catharinensis, Mez. uma
espécie arbórea da família Lauraceae, é conhecida popularmente como canela
preta ou canela amarela.
Considerando a
escassez de informações quanto aos componentes químicos dos óleos essenciais
das espécies nativas, bem como o seu potencial de aproveitamento em indústria
químico-farmacêutica, aromáticos, cosméticos, perfumaria e farmacologia, este
trabalho tem como objetivo estudar a composição do óleo essencial da casca de Ocotea catharinensis Mez ..
Os resultados obtidos poderão constituir em um auxílio à
quimiosistemática, que, por sua vez, poderá contribuir na classificação
das espécies botânicas através da caracterização química do óleo essencial.
MATERIAL E MÉTODOS
Material
A casca do lenho de Ocotea catharinensis Mez., Lauraceae,
popularmente conhecida como canela-preta, canela-amarela, canela-broto,
canela-pinho, canelabicho e canela-coqueira, foi coletada no Parque Estadual da
Cantareira (Pinheirinho - São Paulo, Capital), do Instituto Florestal. Exsicatas
do material botânico encontram-se depositadas no Herbário D. Bento Pickel da Seção de Madeira e Produtos Florestais, do
Instituto Florestal de São Paulo (SPSF), sob o nQ 5.550.
Métodos
Para proceder à
extração e à identificação dos componentes
do óleo essencial, as cascas foram transformadas em serragem utilizando
micromoinho de faca Willey de aço inoxidável.
Utilizou-se 100 9 da casca pulverizada para determinaro teorde óleo
volátil, no aparelho de CLEVENGER, modificada por WASICKY (1963).
Propriedades
organolépticas
Dentre as propriedades organolépticas, testou-se o sabor, odor e a cor.
Cromatografia
em camada delgada
Inicialmente, a amostra do óleo foi submetida à análise
cromatográfica em camada delgada (C.C.D.) nas seguintes condições:
a) Adsorvente:
sílica gel G - tamponada com uma solução aquosa de fluoresceina sódica a 0,05%
b) Espessura
da camada - 300 m.
c) Percurso
- 15 cm
d) Tempo de ativação da placa - 1 hora a
105 °C
e) Fase móvel: benzeno, benzeno/clorofórmio (1:1),
cubas, com supersaturação (RANDERATH, 1974 e DOMINGUEZ, 1975)
f) Volume
depositado: arnosta: 1 toque, com capilar não estirado padrões: 3 toques, com
capilar estirado.
g) Concentração: amostra: 0,5% em clorofórmio
padrões:o.-pineno, limoneno, linalol, citronelol e geraniol a 0,5% em
clorofórmio.
h) Migração:
ascendente, simples, unidirecional.
i) Revelador:
aldeido anísico (RANDERATH, 1974 e DOMINGUEZ, 1975).
RESULTADOS E DISCUSSÕES
O principal componente do óleodacascade Ocotea
catharinensis Mez. foi o linalol (95,76%), conforme consta na TABELA
1. A ocorrência de linalol como principal constituinte é verificada dentro da
família Lauraceae, no lenho deAniba
rosaeodora var. amazonica Ducke
e nas folhas de Cryptocarya aschersoniana Mez. E Cryptocarya
moscata Nees et Mart. NAVES et alii (1963), detectaram em C. aschersoniana além do (+) linalol (74%),
mirceno (3%), 1,8-cineol (5%) e, em proporções iguais, de dois estereoisômeros
de óxido de linalol. Com exceção feita a mirceno, 1,8-cineol e o óxido de
linalol foram também detectados no óleo da casca de Ocotea
catharinensis Mez. só que, em proporções bem menores.
Quanto ao
rendimento do óleo, obteve-se 1,3 ml de óleo essencial em 100 9 da casca, correspondendo
1,34% (peso/volume). Em termos de rendimento quantitativo, pode ser considerado
bom, em comparação ao obtido por NAVES et alii (1963) nas folhas de C. aschersoniana (1,1 %) e A. duckei (0,1 a 0,9%) obtidos por
GOTTLlEB & MORS (1958).
No que se refere
às propriedades organolépticas, o óleo essencial apresentou cor amarela, odor
aromático persistente muito agradável e sabor levemente picante.
A cromatografia
em camada delgada não mostrou resultados satisfatórios, por tratar-se de uma
mistura complexa.
As manchas
eluídas e detectadas não apresentaram uma boa separação e resolução,
dificultando a identificação dos componentes.
Pela cromatografia em camada delgada foram detectadas 1 manchas,
conforme consta na TABELA 2, os valores de Rf da amostra e dos padrões.
CONCLUSÕES
Com base no trabalho realizado, verificou-se que o do Brasil óleo
essencial extraído da casca de Ocotea
catharinensis contém como principal componente o linalol, e que, pelo
seu componente e rendimento, é um óleo de interesse econômico e industrial
muito grande.
quarta-feira, 4 de junho de 2014
PERÍCIAS SÃO FEITAS COM A TÉCNICA "CROMATOGRAFIA DE CAMADA DELGADA (CCD)"
DPT DE ITABUNA IDENTIFICA MACONHA E COCAÍNA
A Coordenadoria Regional de Polícia Técnica de Itabuna está produzindo laudos definitivos de maconha e cocaína. As perícias, que antes eram realizadas na sede em Salvador, já acontece no próprio município, descentralizando a demanda da capital.
Com a implantação da Cromatografia de Camada Delgada (CCD), método empregado na separação e identificação de substâncias diversas, tornou-se possível realizar o exame definitivo para identificar os princípios ativos de drogas de abuso conhecidas como maconha (THC–tetrahidrocanabinol), e cocaína (Benzoilmetilecgonina).
FONTE:
Postado por: RENATA BARBOSA RODRIGUES
Determinação de daidzeína, genisteína e gliciteína em cápsulas de isoflavonas por cromatografia em camada delgada (CCD)
Fonte :Revista Brasileira de Farmacognosia
Brazilian Journal of Pharmacognosy
17(4): 616-625, Out./Dez. 2007
Postado por: Suzany Mesquita.
terça-feira, 3 de junho de 2014
segunda-feira, 2 de junho de 2014
DETERMINAÇÃO DE FÁRMACOS DIURÉTICOS EM ASSOCIAÇÃO POR CROMATOGRAFIA EM CAMADA DELGADA
Dênia Mendes de Sousa
Valladão
Departamento de Engenharia, Campus de
Sinop, Universidade do Estado do Mato Grosso, 78850-000 Sinop – MT, Brasil.
Massao Ionashiro e
José Zuanon Netto
Departamento de Química Analítica, Instituto de Química de
Araraquara, CP 355, 14801-970 Araraquara – SP, Brasil.
INTRODUÇÃO
Diuréticos são fármacos que aumentam a
eliminação de eletrólitos (especialmente sódio e íons cloreto) e água. Esses fármacos
são utilizados no tratamento de edemas resultantes de uma variedade de causas,
como por exemplo insuficiência cardíaca congestiva, síndrome nefrótica, doenças
crônicas do fígado, em associação à hipertensão, hipercalcemia, diabetes,
glaucoma etc.
A identificação e quantificação desses
compostos apresentam grande importância na indústria farmacêutica.
Existem muitos métodos cromatográficos
descritos para separação, detecção e medida quantitativa para agentes
diuréticos individuais, apenas para fluidos biológicos. Estes métodos incluem a
cromatografia gasosa, cromatografia gás-líquido7, cromatografia gasosa –
espectrometria de massa8 e cromatografia líquida de alta eficiência, sendo essa
a que apresenta maior interesse na determinação de preparações farmacêuticas.
Publicações envolvendo a cromatografia em camada delgada restringem-se a testes
qualitativos11.
Considerando a dificuldade de análise
de fármacos diuréticos em associação em preparações farmacêuticas e o alto
custo que envolve as análises, este trabalho objetivou estabelecer uma metodologia
simples, eficiente e de baixo custo para a quantificação de fármacos diuréticos
combinados, utilizando-se a cromatografia em camada delgada.
Condições
cromatográficas
Adsorvente
A fase estacionária utilizada foi a de
celulose microcristalina (Merck) preparada pela suspensão de 25 g para 90 mL de
água destilada. As placas foram preparadas com auxílio de um espalhador regulável
0-2 mm (Desaga), sobre placas de vidro 20 x 20 cm. Uma vez preparadas foram
secas ao ar por cerca de 2 h e então ativado em estufa regulada entre 105 e 110
0C por um período de 10 min.
Desenvolvimento
As cromatoplacas foram desenvolvidas
em cubas de vidro 22 x 22 x 10 cm, que continham as fases móveis adequadas ao
experimento, num percurso de 10 cm, em um desenvolvimento unidimensional ascendente
simples, em câmara saturada.
Fases móveis
As fases móveis foram escolhidas
baseadas na melhor separação dos fármacos11, onde: Fase Móvel 1: butanol: ácido acético glacial: água (4:1:1) v/v, utilizada para
a análise das amostras B, C e D. Fase Móvel 2: álcool amílico e
hidróxido de amônio 25%, (9:1) v/v, utilizada para a análise da amostra A.
Quantificação
A localização, realizada através da
luz UV, e retirada do fármaco isolado pela cromatografia foi a base para a
quantificação. Transferiu- se a parte da camada contendo o fármaco diretamente
para tubos de centrífuga com tampa, com capacidade para 15 mL, adicionadas de
10 mL de metanol e então centrifugados a 1000 rpm por 2 min. O líquido
sobrenadante foi transferido para cubeta de 1 cm e procedeu-se a leitura espectrofotométrica
em comprimento de onda de 271 nm para furosemida, 273 nm para
hidroclorotiazida, 238nm para a espironolactona e 286 nm para o cloridrato de amilorida,
que são os comprimentos de onda aonde a absorbância é maxima12. A Figura 1 mostra
o esquema utilizado para a quantificação dos fármacos.
Ainda foi realizada a determinação dos
fármacos padrão, nas mesmas concentrações das amostras, utilizando-se apenas a espectrofotometria
(UV) para efeito de comparação dos resultados com aqueles obtidos pelo método
proposto (cromatografiaespectrofotometria).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para definição do sistema cromatográfico,
o principal quesito foi o estabelecimento do adsorvente a ser utilizado, uma
vez que a recuperação dos fármacos para posterior quantificação era de
primordial importância. Optou-se pela celulose microcristalina, pois foi o
adsorvente que atendeu às exigências da metodologia proposta.
Figura 1. Esquema de quantificação dos fármacos
diuréticos em associação
Fonte: Quim.
Nova, Vol.
31, No. 1, 44-46, 2008
Postado por: Thamiris Montenegro
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